(Resenha) O Último Chefão

Mario Puzo, de O Poderoso Chefão, com o que faz melhor: escrever sobre a máfia.

O Último ChefãoO Último Chefão conta a história da última grande família criminosa dos Estados Unidos, chefiada por Domenico Clericuzio.

A fim de garantir o futuro de sua família na legalidade, Don Clericuzio investiu pesado no jogo legalizado em Las Vegas. Seu sonho era deixar a família protegida e bem encaminhada para que, no futuro, não fosse mais necessário cometer crimes e sua família pudesse se integrar na sociedade americana completamente.

Com hotéis em Las Vegas e alguns investimentos em Hollywood, o sonho do velho Don estava perto de se tornar realidade, exceto por um segredo do passado. Afinal, para uma família italiana, o único mandamento mais precioso do que o do silêncio – a omertá – é o da vingança, e Don Clericuzio quase vê seu sonho se desfazer em pedacinhos quando um crime do passado volta a assombrá-lo.

Além do tema vingança, o autor leva a um passeio interessantíssimo sobre como funciona a indústria do cinema em Hollywood. É um romance maduro e mais bem escrito que O Poderoso Chefão.

Dica do LeVo: Não leia O Último Chefão logo depois de ler O Poderoso Chefão. O livro é muito bom mas, quando comparado com O Poderoso parece que falta alguma coisa.

Essa alguma coisa que falta são as cenas fortes e a grande quantidade de ação.

Já que, os Clericuzio, ao contrário dos Corleone, estão tentando deixar a vida de crimes, a narrativa de O Último Chefão tem um ritmo completamente diferente.

 

Ficha Técnica:
Título: O Poderoso Chefão
Título Original: The Last Don
Autor: Mario Puzo
Tradução: Geni Hirata
Editora: Record

 

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2 Comentários

  1. Concordo em gênero e grau com a frase:"Não leia O Último Chefão logo depois de ler O Poderoso Chefão."
    Mas não concordo que o livro seja bom. Fui ao livro esperando mais sobre a máfia, sicilianos, suas maquinações e a sinopse quando fala da guerra entre os primos dá entender que se trata de um jogo alucinante de gato e rato. Quando vi a sinopse, pensei:"Caralhoooo, deve ser uma história daquelas." E NÃO VI NADA DISSO, vi que tudo servia de um pano de fundo pra um romance chato e pra fazer uma "denúncia" sobre a loucura que é Hollywood, personagens maniqueístas (um é galã, pega todas, é inteligente, querido por todos, e se dá bem no final e fica com a mocinha que é perfeita; o outro é feio, desajeitado, estúpido,temido por todos e se ferra e nada acontece em relação a isso, como se o Don tivesse dito:"fez bem, muito bem matar esse feioso". E digo que até torci pra ele, pra ver se havia uma reviravolta), sem profundidade. Teve uma hora que pensei:"Cara, eu tô lendo um roteiro de uma novela da Globo. Cadê os jogos mentais a la Michael e Don Corleone? Personagens marcantes como Tom Hagen, Sonny, Luca Brasi e Clemenza?" ... não recomendo este livro

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    1. Você acertou em cheio em todas as suas colocações. O Último Chefão é exatamente isso que você escreveu.
      Tive a mesma reação que você quando li a sinopse: eu tinha acabado de ler O Poderoso Chefão, li a sinopse de O Último Chefão e pensei "Caralhoooo, deve ser uma história daquelas."
      Mas não foi o que eu estava esperando.
      Parei, respirei, e recomecei a leitura tentando não fazer comparações e, confesso, também torci pro "bandido" ahahahahahahaha.
      No final das contas, achei que o único grande problema do livro não é a história, mas a expectativa que criamos a respeito dela justamente por causa da comparação com O Poderoso Chefão.
      Obrigada por visitar o blog e muito obrigada pelo comentário.

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